quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Professores e familiares precisam ensinar os alunos a fazer pesquisas na internet de forma correta.

Foto: Arquivo Google
Os livros
não devem deixar de ser usados,
mas as crianças precisam

aprender a lidar com a internet
desde o mais cedo possível.

Não adianta querer negar: o uso da Internet já é indispensável para o sucesso nas profissões e nas relações sociais. Por isto, exatamente para evitar problemas maiores mais tarde, é preciso que as famílias e as escolas já estejam preparadas para orientar os estudantes, principalmente as crianças, sobre o uso da internet com o máximo possível de segurança e responsabilidade. Em casa, porque a educação tem que começar em casa, e na escola, porque a instituição de ensino tem que cumprir integralmente seu papel na educação complementar. E a quem cabe essa orientação que precisa ser dada na escola? Aos professores, é claro. O professor que acha que a ele cabe tão somente a obrigação de ensinar as disciplinas convencionais (matemática, história, física, etc.) ainda não se adaptou às necessidades atuais do exercício da profissão. Tem dificuldades em aceitar mudanças - embora obviamente não admita isto - e, com isto, perde a condição de colaborador na formação educacional do estudante no mundo atual.
Não se deve deixar de incentivar os alunos, especialmente as crianças, a manter o saudável hábito da leitura de livros. Porém, não prepará-los para usar corretamente a internet, principalmente para pesquisas escolares, é não prepará-los para o mundo atual e para as novidades que, queiramos ou não, virão em dias futuros cada vez mais próximos do que possamos imaginar. Entretanto, volto a dizer, esta é uma iniciativa que tem que começar em casa pelos pais, mães e demais familiares. Não vale dizer "não tenho tempo": todos temos a obrigação de arranjar tempo para agirmos em prol do melhor para os jovens e as crianças das nossas famílias.
Para fazer pesquisas para estudar através da internet, é preciso ter o mesmo cuidado que é necessário para qualquer tipo de pesquisa através da rede. É preciso primeiro conhecer e dominar corretamente o funcionamento de sites de busca como o Google Pesquisa, o Yahoo Respostas, o Ask, etc. No Yahoo respostas, por exemplo, é preciso ter o cuidado de observar que as perguntas que você faz são respondidas por usuários que nem sempre são de fato conhecedores do tema ao qual a pergunta é pertinente. Em casos assim, é enorme a possibilidade de que a resposta esteja errada.
A internet não tem livros numerados e organizados em prateleiras como as das bibliotecas. Por isto é preciso aprender como chegar às fontes disponíveis e confiáveis. Se sua pesquisa for relacionada a fatos históricos, por exemplo, não adianta abrir a página do Google Pesquisa e, no espaço para procura, digitar a palavra "História" ou "fatos históricos". Isto trará resultados amplos demais, oferecendo talvez mais de mil fontes de pesquisa disponíveis, e muito provavelmente nem mesmo um por cento delas corresponde ao que você procura. Digite palavras ou expressões intimamente mais relacionadas como o assunto propriamente dito.
Mesmo assim, a oferta de sites relacionados pode ainda ser muito ampla. Se você digitar "Segunda Guerra Mundial", por exemplo, surgirão links para fontes sobre milhares de diferentes assuntos relacionados à Segunda Guerra Mundial. Verifique antes exatamente o que você quer saber sobre a Segunda Guerra Mundial e digite no espaço para a procura exatamente isto. Por exemplo: se você quer saber algo sobre o "Dia D" (o dia do famoso combate na Normandia, que determinou o fim da guerra), não digite apenas "Dia D". "Dia D" é uma expressão muito usada atualmente para se referir a alguma coisa importante que está para ocorrer. Para ir direto ao assunto, digite "Dia D - Segunda Guerra Mundial". 
O conhecimento de alguns códigos é muito importante para o melhor resultado possível da pesquisa. Por exemplo:

  • Aspas (" ") - Poucos usuários da internet parecem saber que ao procurar informações sobre um determinado tema, colocar o nome do assunto entre aspas (por exemplo, "Teorema de Tales"), o mecanismo de pesquisa percorre a rede atrás de documentos que apresentem apenas informações referentes ao que o interessado quer realmente saber. 

  • Subtração ( - ) Para citar um exemplo:
    Fernando Henrirque Cardoso é sociólogo, foi presidente do Brasil, foi professor em universidades, etc. Se seu objetivo for encontrar dados sobre Fernando Henrique Cardoso (FHC) apenas como presidente do país, coloque o nome dele entre aspas, seguido de um sinal de subtração e a informação "presidente do Brasil (ele pode ter sido presidente de instituições, do partido, etc.).  Entrando no Google (www.google.com.br) apenas com o nome dele ou a sigla FHC, o resultado traz mais de 100 mil páginas. Nelas estão incluídas citações sobre o trabalho de FHC também como presidente da República. Escrevendo "Fernando Henrique Cardoso" - presidente do Brasil, você verá que as opções diretas surgirão com muito maior facilidade. 

  • Adição (+) É possível refinar ainda mais a busca usando o sinal de adição (+). Ao digitar, por exemplo, "Economia Brasileira", virão milhares de resultados. Mas se você digitar "Economia"-2016+Brasil, supondo que você queira saber sobre perspectivas da economia brasileira para o próximo ano, virão apenas os resultados mais diretos ao que você quer.
As "dicas" acima são importantes, mas não bastam. Não faça pesquisas num determinado site só porque ele apareceu primeiro do que os outros, nem faça uma escolha aleatoriamente. Nem sempre o site escolhido dessas formas é o mais interessante. As ferramentas de busca vasculham a web em segundos e trazem a informação mais relevante segundo seus próprios meios e suas próprias regras. Entre centenas ou milhares de critérios com pesos e análises diferentes, estão o número de vezes que cada link já foi clicado por outros internautas e a ocorrência da palavra no nome da página. É necessário também lembrar que muitos buscadores cobram para que um site apareça entre os primeiros dez resultados em casos de pesquisa por determinadas palavras. 
Ao fazer a pesquisa num blog ou num site, é preciso observar atentamente a data em que o artigo foi publicado e, em caso de necessidade, se ele cita a fonte de informação e como você pode chegar a ela. Se o tema for relacionado a uma doença, o autor tem que citar a fonte de informação. Se essa fonte for um médico, é preciso constar no artigo o nome completo do médico, sua especialidade e a instituição que ele representa (hospital, universidade, etc.), e os nomes da cidade, do estado e do país onde essa instituição se encontra. Se a fonte for uma revista, tem que constar o nome, o número da revista e a data da edição. Se for um livro, é necessário conter o título do livro, o nome do autor e a data da edição. O artigo que tratar de um assunto tão sério como o relacionado à saúde e não tiver esses dados não é digno de crédito - a menos que seu autor seja o próprio médico, que neste caso precisa se identificar como tal.
Seja qual for o objetivo da sua pesquisa, faça-a em pelo menos três sites. É preciso ter muito cuidado com a escolha de blogs: dependendo do tema abordado, os artigos publicados em blogs podem conter a opinião do autor, que nem sempre é a informação correta que você precisa encontrar. É difícil dizer qual é o melhor site de busca, pois cada buscador tem seu cadastro de páginas específico. O mais popular é o Google Pesquisa. Para usá-lo com maior facilidade, veja as "dicas" aqui

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