terça-feira, 1 de setembro de 2015

O que são Blocos Econômicos?

Na ilustração do Estudo Prático,
alguns exemplos de blocos econômicos.
Alguns
jornalistas
cometem o erro
de informar
que o BRICS
é um bloco econômico.


Isto comprova que muitos profissionais de informação não sabem o que é um bloco econômico. Portanto, é compreensível que, no Brasil, com a predominância de um sistema de ensino super precário, muitos estudantes também não o saibam. Porém, precisam saber. Todos nós precisamos, pois estamos vivendo um mundo cada vez mais globalizado, vivendo frequentes crises econômicas nacionais e internacionais, e a formação de blocos econômicos tem sido um dos recursos mais viáveis para as nações se organizarem com o objetivo de eliminá-las ou pelo menos amenizá-las. 
Inicialmente é preciso corrigir um erro que vem sendo cometido através das notícias sobre o BRICS. Muitos repórteres se referem a esse grupo como "bloco econômico", o que é um erro crasso. A princípio o BRIC (sem o "S") era uma seleção de quatro países apontados pela instituição financeira norte-americana Goldman Sachs como os países em desenvolvimento cujas economias tem se destacado melhor nos últimos 20 anos. Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China (daí o nome), o BRICS ganhou o "S" no nome porque a partir de 2011 a África do Sul passou a integrar o grupo. O "S" vem do nome do país em inglês: "South Africa". Outro erro é cometido nos telejornais, jornais e revistas quando o chamam de "Os Cinco Grandes", pois esta expressão se refere aos cinco países mais ricos do mundo. É preciso também prestar atenção a um outro detalhe importante: "O BRICS" é uma referência ao grupo como uma unidade; "Os BRICS" é uma referência aos países que o integram.
Os blocos econômicos são associações formadas por governos de vários países para estabelecer relações comerciais privilegiadas entre si. O primeiro deles, a Comunidade Econômica Européia (CEE), foi criado em 1957. Atualmente seu nome é União Européia (UE). Hoje existem 32 blocos envolvendo todos os países. Um deles é o Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), do qual participam o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai como membros plenos; a Bolívia, o Chile, o Peru e a Colômbia como associados e o México como Estado observador. Os "estados membros" são os países que participam da zona de comércio. Os associados dão uma espécie de apoio logístico aos estados membros. O Estado observador é o país que pretende participar do grupo, mas ainda está aguardando a aprovação para isto.
Um dos quesitos necessários para que os países se organizem em um bloco econômico é que eles tenham fronteiras entre si ou estejam numa mesma região. Isto porque essa condição facilita a comercialização de bens e serviços entre esses países, já que um dos principais objetivos de um bloco econômico é facilitar a queda de barreiras tarifárias e o ingresso desses produtos e serviços no comércio internacional. Este não é o caso dos BRICS, grupo em que dois de seus membros estão bem distantes entre si: o Brasil na América do Sul e a China na Ásia. Além disto, os blocos econômicos não são formados por países apontados por uma instituição financeira. Eles são formados a partir de decisões tomadas entre os governos dos países membros para obter metas em comum, entre as quais estão as já citadas acima.  

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