Foto: Aldeia Notícias. |
estudantes que vivem nas cidades
perdem provas
por chegarem atrasados.
Os índios, no entanto,
já estão preparados
para não perderem as provas.
No ano passado, tornou-se conhecida nacionalmente a história de uma jovem do Rio de Janeiro que chegou atrasada ao local da prova para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) apesar dela morar no mesmo bairro em em que faria a prova. Fatos como este ocorrem com muita frequência, e as desculpas são repetitivas: trânsito ruim, demora dos ônibus, etc., mas nada disto, mesmo sendo verdade, justifica o atraso quando o local é perto de casa.
Entre os mais de sete milhões de candidatos que estão inscritos para o Enem 2015, cujas provas ocorrerão nos próximos dias 24 e 25, estão cerca de 50 mil índios. Diariamente, um grupo de jovens da tribo Pareci, no estado de Mato Grosso, sai da aldeia em que vive, leva livros, cadernos, lápis e canetas, para se encontrar com um professor que vem lhes dando as últimas orientações. São jovens que pretendem aproveitar a oportunidade para ingressar em cursos de nível superior.Quatro rapazes e quatro moças que já sabem o que querem.
Um deles quer ser engenheiro agrônomo, outro pretende se tornar um jornalista. Uma das moças quer ser enfermeira, outra quer ser pedagoga. O que quer ser engenheiro agrônomo é Josenaldo Ezenazokeamecê. Ele é um desses jovens índios que estudam e se dedicam dia e noite para que seus nomes sejam incluídos na lista de aprovados. "Quero cuidar da lavoura dos índios e ir em frente", ele diz. "Ir em frente", para ele, significa progredir sempre na profissão e na vida. Esta é a mesma linha de raciocínio dos outros sete, e todos já estão até com o esquema montado, com a ajuda do professor, para não perder as provas.
O líder da aldeia, Nélson Zoinzome, não esconde o orgulho que sente por eles. "Esses conhecimentos que eles vão ter quanto à nossa sociedade e quanto à sociedade não indígena serão muito importantes para eles", ele diz. Sua esposa, atualmente com 49 anos de idade, decidiu seguir o exemplo dos jovens e quer recuperar o "tempo perdido", como ela mesma diz. Quer ser professora e, para isto, está fazendo um curso online por meio de um computador que o cacique mandou instalar na aldeia com conexão à internet. Ele também diz que os índios precisam "abrir mais a mente para trabalhar com o povo, o povo indígena e não indígena".
Fontes:
O líder da aldeia, Nélson Zoinzome, não esconde o orgulho que sente por eles. "Esses conhecimentos que eles vão ter quanto à nossa sociedade e quanto à sociedade não indígena serão muito importantes para eles", ele diz. Sua esposa, atualmente com 49 anos de idade, decidiu seguir o exemplo dos jovens e quer recuperar o "tempo perdido", como ela mesma diz. Quer ser professora e, para isto, está fazendo um curso online por meio de um computador que o cacique mandou instalar na aldeia com conexão à internet. Ele também diz que os índios precisam "abrir mais a mente para trabalhar com o povo, o povo indígena e não indígena".
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