Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável

Nas provas,

muitos estudantes revelam
que não sabem
quais são as diferenças. 

A sustentabilidade é um processo de aplicação de políticas públicas de modo que as atividades possam permanecer em certo nível por um determinado prazo numa determinada região. Esse prazo tem que ser de acordo com as necessidades e as condições locais. O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento econômico suficiente para garantir a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social. Portanto o desenvolvimento sustentável tem como principal objetivo a garantia da sustentabilidade no maior prazo possível e nas melhores condições possíveis. 

Para isto acontecer, é necessário um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente, o acesso a serviços públicos (saúde, educação, empregos, previdência, direitos em geral) com qualidade e o uso racional de recursos como água e energia elétrica. São, portanto, fatores que dependem de competências governamentais e principalmente da colaboração de todas as pessoas. 

Nas provas do ensino médio e dos cursos de nível superior, há sempre um grande número de alunos que demonstram desconhecer estas informações. Frequentemente eles confundem sustentabilidade com desenvolvimento sustentável. Isto pode ser causado por dois fatores. 

Um deles é que nem todos os professores lhes ensinam os conceitos corretos. O outro é que os estudantes também demonstram desinteresse: não procuram pesquisar mais para aprender mais e melhor. Fontes para pesquisas sobre este e todos os tipos de temas, existem muitas, inclusive na internet. Para encontrá-las, basta que as procurem. 

No entanto, os professores também têm que cumprir sua parte. Não devem se limitar a ensinar as disciplinas curriculares. São profissionais de educação; portanto têm a função de educar os alunos. Educar significa, entre outras coisas, incentivar diariamente, insistentemente, os alunos a pesquisarem sobre tudo que é importante para a sociedade em geral - ou seja, inclusive para eles mesmos. Isto inclui temas como política, tecnologia, informação e comunicação, saúde, etc. Basta lembrar que, para o desenvolvimento sustentável ser bem sucedido, a base fundamental é a educação com qualidade. Isto depende muito de ações de governos, mas também muito dos professores e dos estudantes. 

Não se Pode Aprender Idiomas pela Internet

Aprender um idioma estrangeiro

é como reaprender a falar e a escrever. 

A diferença é que você aprendeu a pensar, a falar e a escrever em português desde a sua infância. Quando você se dedica a aprender outro idioma, tem que estar ciente que terá que aprender outras palavras, outras pronúncias, outras regras gramaticais, etc., em período bem menor.

Como reforço, os cursos online ajudam muito. Porém se você pretende realmente aprender inglês, o curso tem que ser com aulas presenciais. O mesmo acontece no caso da aprendizagem de qualquer idioma estrangeiro. A aprendizagem se dá pelo necessário contato pessoal entre professores e alunos, pelas conversas e debates falando o idioma estudado, habituando-se desde cedo até a pensar no idioma estudado, realizando tarefas em grupos com outros estudantes em todas as aulas. 

Tudo isto só é possível em aulas presenciais. O estudo pela internet pode ajudar muito como reforço, mas para realmente aprender o idioma são necessários contatos presenciais com pessoas do país onde se fala o idioma estudado e a frequência em salas de aula.

O que é "Política"?

Ilustração: Política no Interior Paulista

Muita gente diz
que não gosta de discutir sobre política
mas não sabe
o que a palavra "política"
realmente significa.

É claro que entre essas pessoas está um enorme número de estudantes de todos os níveis de ensino. Isto é percebido claramente nos resultados das provas como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), os vestibulares, etc. Quando se pronuncia a palavra "política", muitas pessoas a associam às atividades praticadas pelo presidente da República, governadores dos estados, prefeitos, deputados, vereadores, senadores... enfim, essas pessoas que ocupam cargos após serem eleitas. Essas pessoas são chamadas de "políticos". Na verdade, se tomarmos por consideração o real significado da palavra "política", veremos que todos nós, cidadãos, somos políticos desde o momento em que nossos registros de nascimento foram feitos. Sim, porque o registro de nascimento, geralmente feito quando a criança ainda é recém nascida, já é uma confirmação oficial de que ela já existe como pessoa. 

"Política" é uma palavra de origem grega que na verdade tem vários significados, mas estes convergem de forma a se relacionarem como um só. Relaciona-se à organização, direção e administração de um Estado (governo), a assuntos internos ou externos de uma nação, às sociedades, às comunidades e à vida particular de cada pessoa quanto a seus direitos e deveres. Num sentido vago, impreciso e, por isto, talvez inadequado, a palavra é utilizada para significar uma forma de dirigir ou influenciar uma forma de governo por meio de um partido político ou por influência da opinião pública, mas "política" é todo conjunto de meios com o objetivo de se conseguir uma finalidade desejada. É por esta razão que existem as expressões "política ambiental", "política econômica", etc., cujas atividades são políticas porque se referem a questões de interesse público. Usa-se também a expressão "política social", mas é um pleonasmo sem necessidade, pois toda política, seja de que tipo for, é social.
Geralmente a palavra "política" é associada à palavra "poder", o que nos faz lembrar os prefeitos, governadores dos estados, presidentes de países, etc. A política interpretada desta forma representa o poder de pessoas sobre pessoas e, infelizmente não sem razão, isto é relacionado à ideia de estabelecimentos de meios de obtenção de qualquer tipo de vantagem. Isto nos leva a lembrar a importância da ética. A ética nas atividades políticas tem que ser a mesma ética que devemos aplicar na vida.
A crise política que ocorre no Brasil atualmente sugere muitas reflexões sobre a ética. Muita gente diz que "não gosta de política", mas isto é um erro. Não se deve confundir "política" com o que é feito por certos tipos de "políticos". As verdadeiras atividades políticas são muito nobres porque são dirigidas para o bem público. Esse grau de nobreza se eleva ainda mais se lembrarmos o quanto é difícil definir o que é esse "bem público" e, ao mesmo tempo, o quanto é necessário buscá-lo e promovê-lo. Como isto não cabe apenas aos eleitos, mas a cada cidadão na melhor forma que puder, todos nós somos políticos. 

"Hora do Enem" tem mais de 90 mil inscritos.

A plataforma
já recebeu 
mais de 
686.800 acessos.

A Hora do Enem foi colocada no ar pelo Ministério da Educação no dia 5 de abril e até agora já recebem mais de 686.800 acessos. O objetivo é atender a 2,2 milhões de estudantes que estão concluindo o segundo grau. A assessoria de imprensa da Roquette Pinto, uma das parceiras do projeto, informa que 61% dos acessos computados até o momento foram feitos via desktop, 33% por celular e o restante por tablet. A maioria desses estudantes tem de 18 a 24 anos de idade e 68% e 32% são, respectivamente, dos sexos feminino e masculino.
Os estados com maior participação até o momento são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Os programas na TV da Hora do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) serão transmitidos pela TV Escola e 40 outras emissoras, especialmente as educativas e comunitárias. Nas programações constam matemática às segundas-feiras, ciências humanas às terças-feiras, linguagem às quartas-feiras, ciências da natureza às quintas-feiras e redação às sextas-feiras. 

A plataforma online de estudos inclui simulados, planos de estudos e videoaulas. No site estudantes concluintes do 3º ano poderão se cadastrar e indicar suas metas. Eses dados permitem que o sistema do Geekie Games ajude na montagem de um plano de estudos personalizado. Na plataforma também estarão disponíveis exercícios, quatro simulados neste ano e 600 videoaulas. O conjunto de videos online foi apelidado pelo ministro Mercadante de MECFlix e estará disponível a partir de 30 de abril. O primeiro simulado será realizado também no dia 30 deste mês.

Escola em São Paulo inova em educação com yoga e música.

Descalças,
as crianças têm contato com a grama,
a terra e a areia.
- foto: Arte de Ser -

"Se os pés descalços
exploram 
diferentes estruturas e texturas
do 'mundo exterior',
os olhinhos fechados 
são a chave
para a calma e a concentração."

Este é um conceito proveniente de uma tendência filosófica chamada "How-to-Live" ("Como Viver" em inglês). Baseia-se em princípios fundamentados nos ensinamentos de Paramahansa Yogananda, (1893-1952), um iogue e guru da Índia, considerado um dos maiores emissários da antiga filosofia da Índia para o Ocidente. Tal conceito é também uma das bases do sistema de ensino aplicado pela Escola Arte de Ser. 

A escola funciona na Lapa, na zona oeste da cidade de São Paulo (SP). Nela, os pés das crianças ficam  livres para o contato com elementos naturais como a grama, a areia e a terra. Em outros momentos, as crianças colocam os pés para cima para um descanso numa sala escura. A escola atende a crianças de um a seis anos de idade que começam suas atividades cantando músicas e ouvindo histórias. Elas também têm aulas de ioga - ou "yoga" - e música, aprendem a plantar, a colher e atividades de cozinha. Toda semana um aluno leva para casa um pão integral que ele mesmo fez com a ajuda dos professores.

Nas salas, alguns bonecos de tecidos e estruturas de madeira são disponibilizados aos meninos e meninas para brincadeiras, mas o objetivo principal é explorara a imaginação dessas crianças. Brinquedos eletrônicos e estruturados são evitados para que as crianças possam desenvolver suas criatividades. Na escola, a alimentação é vegetariana, mas não se fala contra as carnes porque nem todas as famílias são adeptas do vegetarianismo. O objetivo é mostrar às crianças de onde os alimentos naturais vem, mas sem torná-las arrogantes. Também para esta finalidade, os pais dos alunos se envolvem em tarefas rotineiras da escola, formando grupos para cuidar da horta, sugerir outras atividades, etc. Conheça mais detalhes da escola em seu site.

O Desafio de Thomas Friedman

Fotos: Arquivo Google

Uma proposta 
para o sistema educacional
brasileiro.

Em seu livro "Inovação - A Arte de Steve Jobs", o jornalista estadunidense Carmine Gallo contou que Thomas Friedman, colunista do "The New York Times", desafiou o presidente Barack Obama a criar mais empregos para profissionais como Steve Jobs (1955-2011), o empresário que se notabilizou por suas ideias inovadoras como co-fundador e diretor da Apple, a empresa que criou e comercializou alguns dos produtos eletrônicos que hoje estão entre os mais utilizados no mundo. 
A ideia era voltar a estimular as crianças norte-americanas - não apenas as consideradas geniais, mas literalmente todas - no sentido de inovar e empreender. Friedman sustentava que se o governo dos Estados Unidos quisesse realmente mais empregos de boa qualidade, deveria fomentar no país um ambiente em que a inovação fosse estimulada e florescesse. Em resumo, segundo Carmine, Friedman dizia que os Estados Unidos precisavam de mais pessoas como Steve Jobs. "Afinal, graças, em grande parte, ao revolucionário iPhone, um dos aparelhos mais inovadores da década (na época iniciava-se a segunda década do século XXI), a Apple ultrapassou a Microsoft em 2010, tornando-se a empresa de tecnologia mais valiosa do mundo" - dizia Friedman para justificar sua sugestão.
Isto realmente aconteceu, e de fato aquele foi um grande feito realizado por Jobs. Especialmente se considerarmos que a Apple surgiu a partir de alguns primeiros trabalhos realizados num quarto de hóspedes, em 1976, em Cupertino, na Califórnia. Nesse quarto se reuniam os fundadores, Steve Jobs, Stveve Wozniak e Ronald Wayne. O primeiro computador da Apple foi criado em julho de 1976, logo tornou-se um dos mais vendidos e foi retirado de circulação antes que suas vendas caíssem, obviamente evitar que a empresa tivesse prejuízos. Claro! Afinal, os concorrentes também estavam se preparando para lançar produtos melhores. Era necessário, portanto, surpreendê-los: "Por que parar de produzir o que estava dando certo?".

A resposta a esta pergunta vei dentro de pouco tempo. O primeiro computador foi retirado de circulação em 1977 para que seus produtores pudessem se dedicar a produtos mais sofisticados que, com certeza, obteriam logo sucesso ainda maior. A ideia foi de Jobs, inicialmente não muito bem aceita pelos dois colegas, mas rapidamente eles entenderam o espírito da coisa e a acataram. Resultado: no ano fiscal de 2006, confirmou-se que a Apple já faturava cerca de US $ 19,3 bilhões em vendas anuais.
A crise econômica está aí, está gravíssima, é mundial mas, ao mesmo tempo, tem características e razões específicas em cada país. Milhões de pessoas no mundo estão desempregadas, e no Brasil obviamente a situação não é diferente. Para driblar o problema do desemprego, muitas estão optando por abrir seus próprios negócios. Entretanto, nem todas conseguem obter sucesso, pois não se prepararam para isto de forma adequada nem em tempo suficiente. Órgãos como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e algumas iniciativas estaduais  e municipais - são pouquíssimas mas existem (ou existem, mas são pouquíssimas) - ajudam, mas não o bastante. Faço minhas as palavras de Thomas Friedman: precisamos preparar nossas crianças desde o mais cedo possível para a inovação e para o espírito empreendedor. Ou isto, ou o futuro delas será muito pior do que o nosso presente.
Esse preparo tem que começar já, a partir do ensino fundamental. Cotas e inscrições no Sisu para ingressar nas universidades ajudam a colocar mais alunos dentro dos cursos superiores, mas isto não serve para coisa alguma enquanto o sistema de aprendizagem desde o ensino fundamental não melhorar. A educação - tanto a particular como a pública - está em condições precaríssimas, precisa urgentemente de uma reforma radical para evitar falências de empresas em cada cidade e o desencadeamento de um nível de desemprego sem precedentes num futuro bem próximo. Com a situação atual, em que alunos estão terminando o nível médio sem saber fazer uma redação, não é tão difícil fazer uma previsão tão nefasta.
É preciso, portanto, destacar a importância da meritocracia para os alunos iniciarem suas vidas acadêmicas. Porém o incentivo a essa meritocracia tem que ser iniciada no ensino fundamental. Além da necessidade de melhorar a qualificação dos professores, são necessárias medidas urgentes para melhorar todo o sistema de ensino e priorizar desde cedo - volto a dizer - nas escolas, um sistema voltado para criar e desenvolver nas crianças o interesse pelo empreendedorismo e pela constante inovação. 

Prazo de Inscrição para o Sisu Termina Hoje

As inscrições
ainda podem ser feitas
até as 23h59min.

Não é demais lembrar que hoje, 14 de janeiro, é o último dia do prazo para os interessados se inscreverem no Sistema de Seleção Unificada, programa do Ministério da Educação do Brasil que visa dar oportunidade a estudantes que participaram do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) do ano passado que estejam interessados em vagas em cursos nas universidades e faculdades públicas. 

O Sisu é um sistema informatizado que utiliza notas do Enem para que os participantes que obtiveram qualquer nota acima de zero em redação e tenha concluído o ensino médio em 2015. Para fazer sua inscrição, o interessado deve acessar o site do Sisu, clicar em "Fazer inscrição" seguir as orientações que apareceram na janela que surgirá. É importante lembrar que o direito só é dado a quem participou do Enem 2015. Portanto, não adiantará tentar se inscrever com dados da participação no Enem em anos anteriores.
Apesar do Ministério da Educação permitir a inscrição para alunos que não tenham obtido zero em redação no Enem, há instituições de ensino superior que exigem uma determinada nota mínima em redação para que o interessado obtenha a vaga no curso desejado. É importante também que o candidato esteja atento aos documentos exigidos pela instituição de ensino superior e pelo curso que ele pretende escolher. Veja a lista de instituições aqui.